A Toyota apresentou nesta segunda-feira, 19 de março, na sede da Investe São Paulo o primeiro protótipo de veículo híbrido equipado com motor de combustão interna flexfuel. O projeto, que combina um propulsor elétrico e outro flexível a gasolina e etanol, colocou lado a lado as equipes de engenharia da Toyota Motor Corporation, no Japão, e da Toyota do Brasil, para somar esforços e buscar sintonia entre as tecnologias.
O trabalho foi direcionado no sentido de extrair o potencial máximo de cada solução: alta eficiência, baixíssimos níveis de emissões e capacidade de reabsorção dos impactos de gás carbono, ao utilizar combustível oriundo de fonte 100% renovável. O protótipo foi construído sobre a plataforma do modelo Prius, usada como base para condução dos trabalhos. A marca ainda estuda possibilidades de produção desta tecnologia no Brasil no futuro.
"Sempre fomos parceiros da Toyota em sua interlocução com diversos órgãos governamentais e de apoio ao desenvolvimento no Estado de São Paulo. Nosso relacionamento começou com a fábrica de Sorocaba, quando a empresa trouxe inclusive o primeiro projeto do portifólio da agência. É uma honra trabalhar com a empresa em mais essa inovação, afirma o diretor de Negócios da Investe São Paulo, Sérgio Costa.
O protótipo do primeiro automóvel híbrido flex faz parte de um conjunto de esforços da Toyota no cumprimento de metas ambientais ambiciosas, previstas no seu Desafio Ambiental 2050. Adicionalmente, elucida a ambição da marca em produzir carros cada vez melhores, a fim de colaborar com a redução de impactos ambientais causados pelos automóveis o mais próximo possível ao nível zero de emissão.
"Estou muito orgulhoso de nossos engenheiros da Toyota do Brasil, que trabalharam em conjunto com a equipe de nossa matriz, no Japão, com objetivo de desenvolver o veículo híbrido mais limpo do mundo, que usa etanol, para nossos clientes brasileiros. A inovação demonstra que a Toyota segue a passos firmes rumo à jornada em prover uma nova sociedade de mobilidade, diz Steve St.Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil, Argentina e Venezuela.
Estudos preliminares realizados pela Toyota do Brasil apontam que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), os resultados se mostraram ainda mais promissores.
Até chegar à formatação do primeiro protótipo, a Toyota realizou diversos testes em escala de laboratório, que tiveram início há quase três anos atrás, em meados de 2015. Em cerimônia realizada hoje, com a presença de representantes do governo do Estado de São Paulo e parceiros, a companhia deu início à fase de testes de rodagem. Assim, ao final do evento, o protótipo saiu em uma viagem em direção à Brasília, onde será apresentado a membros do Governo Federal. Mais cedo, o híbrido foi levado também ao Palácio dos Bandeirantes, onde St. Angelo e outros executivos da Toyota reuniram-se com o Governador Geraldo Alckmin.
No primeiro momento, o veículo percorrerá um trecho de mais de 1.500 quilômetros entre os estados de São Paulo e Distrito Federal, colocando à prova a durabilidade do carro em percursos desta natureza, para avaliar o conjunto motor-transmissão, quando abastecidos com etanol, nas estradas brasileiras. A partir daí, novos dados serão coletados. Eles informarão a performance do carro e servirão para possíveis ajustes, com objetivo de buscar o balanço ideal de todo o conjunto.
"Mais do que um marco em nossa sexagenária história no Brasil, este protótipo é o ponto de partida para a escrita dos nossos próximos 60 anos. A Toyota acredita que o híbrido flex, quando produzido em escala comercial, possibilitará a reabertura de um novo período de aprimoramento técnico de toda a cadeia automotiva, declara Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.